Técnicas para acalmar a criança em momentos de crise de choro

Técnicas para acalmar a criança em momentos de crise de choro
Postado em: 01 de setembro Compartilhar Compartilhar

As crises de choro fazem parte da infância, mas essa reação do bebê e da criança em fase de crescimento pode afetar os pais de forma significativa, podendo acarretar sentimentos de angústia, tristeza, impotência, medo e ansiedade, podendo desencadear problemas psicológicos aos pais e, por vezes, problemas irreversíveis.

Chorar é uma das primeiras vias de comunicação do bebê, é a forma de dizer aos pais o que precisa e como se sente.1

Após as primeiras semanas de vida, os pais já conseguem identificar cada “timbre” do choro de seu filho(a), como: fome, dor, incômodo, irritação, atenção e carinho. ¹ Nessa fase da vida, o bebê precisa que suas necessidades sejam suprimidas; será a adaptação de sua rotina em conjunto com a mudança de hábitos do casal.

O objetivo deste texto é contribuir para que os pais trabalhem sua habilidade para lidar com o choro intenso do bebê de uma forma mais calma e sem gerar estresse para os filhos e para si.

Adaptando a rotina da casa com o bebê

Uma boa estratégia para lidar com o choro intenso do bebê é otimizar sua adaptação em casa, iniciando logo após a saída da maternidade.

Durante o dia, buscar ofertar ao bebê estímulo de luz e barulhos alheios; já no entardecer, deixar o ambiente mais calmo, diminuir a luminosidade e os ruídos, se possível ofertar ao bebê músicas instrumentais calmas e relaxantes, para que ele entenda que está chegando o momento de dormir. Esse é um bom recurso para diminuir a agitação e a temida crise do choro irritado de fim do dia, constante nos bebês. ²

Algumas possibilidades de ações para lidar com o choro do bebê:³

1.      Atender às necessidades do bebê (fome, troca de fralda, dor, sono);

2.      Adaptação do ambiente;

3.      Musicalização;

4.      Músicas intrauterina;

5.      Conversar com o bebê de forma calma;

6.      Embalar o bebê em manta e aconchegá-lo no colo dos pais;

É sempre importante ressaltar que o bebê não precisa apenas de suas necessidades primárias atendidas, ele precisa se sentir amparado e desejado pelos pais, como forma de trabalhar sua segurança e confiabilidade.³

Para tanto, conseguir manter a calma e tranquilidade é a melhor estratégia para lidar com o choro intenso, demonstrando ao bebê que está seguro e rodeado por pessoas que irão ampará-lo caso necessite.

Entendendo as fases de desenvolvimento do bebê

Com o desenvolvimento do bebê, o choro tende a diminuir, pois ele aprende novas formas de se comunicar, a partir deste ponto a criança começa a amadurecer e construir sua personalidade.²

As necessidades da criança irão acompanhar o seu crescimento, principalmente em um mundo globalizado em que sofrem estímulos o tempo todo. Entende-se que a criança mesmo já tendo uma ótima comunicação verbal ainda precisa aprender a lidar com suas emoções, situação esta que deve ser iniciada pelos pais desde a concepção, como aqui já mencionado. ²

O choro e as crises emocionais podem ser uma forma de dizer que algo está errado e que ele(a) precisa de suporte. O mais importante é que os pais consigam acolher e buscar compreender o que está acontecendo com o seu filho no momento, e isso apenas será possível com a oferta de escuta ativa e legitimar os sentimentos de seus filhos, dando a estes a devida importância. ²

No momento de um descontrole emocional por parte da criança, os pais podem auxiliar para que ela consiga dizer o que está sentindo e assim buscarem juntos uma alternativa.

Dentre as possibilidades para lidar nos momentos de crise e choro, podemos destacar:²

1.      Abaixar para ficar na mesma altura da criança e questionar o motivo para tal reação;

2.      Ter empatia aos seus sentimentos;

3.      Ajudar a criança a nomear seus sentimentos (raiva, medo, insegurança, tristeza);

4.      Buscar junto com a criança estratégias para lidar com esses sentimentos;

No momento da crise, o mais importante é reconhecer e aceitar os sentimentos da criança, ajudando-a a manifestá-los de forma mais saudável, essas medidas podem contribuir para o seu desenvolvimento emocional.

Por fim, é importante salientar que essas são apenas algumas formas de lidar e contribuir com a adaptação do bebê e da criança em momentos de crises e choros intensos.

Não existe uma fórmula mágica para lidar com cada situação, pois cada criança é única e precisa buscar sua maneira singular de lidar com suas reações e emoções. As crianças pequenas e os bebês precisam se sentir amados, respeitados, acolhidos e vistos por seus familiares, fortalecendo sua inteligência emocional e desenvolvendo seu modo de lidar com o mundo, eles são capazes de nos evidenciar algo novo e extraordinário, de mostrar o inesperado e puro apenas com os seus gestos.

Em caso de uma maior dificuldade com o filho, recomenda-se procurar um profissional da área de psicologia para apoio, com vistas a nortear a atuação da criança e dos pais, o que irá possibilitar um desenvolvimento emocional saudável.





Referências:

1.      SEABRA, J. O choro do bebé. Psicologia. com. pt.[Em linha] Portal Dos Psicologos, 2009.

2.      MELCHIORI, Lígia Ebner; ALVES, Zélia Maria Mendes Biasoli. Estratégias que educadoras de creche afirmam utilizar para lidar com o choro dos bebês. Interação em Psicologia, v. 8, n. 1, 2004.

3.      MELLO, Renata; FÉRES-CARNEIRO, Terezinha; MAGALHÃES, Andrea Seixas. A maturação como defesa: uma reflexão psicanalítica à luz da obra de Ferenczi e Winnicott. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, v. 18, p. 268-276, 2015.





Referências:

  1. SEABRA, J. O choro do bebé. Psicologia. com. pt.[Em linha] Portal Dos Psicologos, 2009.
  2. MELCHIORI, Lígia Ebner; ALVES, Zélia Maria Mendes Biasoli. Estratégias que educadoras de creche afirmam utilizar para lidar com o choro dos bebês. Interação em Psicologia, v. 8, n. 1, 2004.
  3. MELLO, Renata; FÉRES-CARNEIRO, Terezinha; MAGALHÃES, Andrea Seixas. A maturação como defesa: uma reflexão psicanalítica à luz da obra de Ferenczi e Winnicott. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, v. 18, p. 268-276, 2015.
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