Papo de Mãe: autoestima

Papo de Mãe: autoestima
Postado em: 25 de abril Compartilhar Compartilhar

O tema de hoje é especial para as mamães que estão sempre atentas à saúde e ao bem-estar de todos da sua família. Chegou a hora de cuidar um pouco de si mesma e entender quais caminhos são necessários para uma vida mais saudável e equilibrada.  

Com a chegada da maternidade acontecem muitas transformações no corpo da mulher, que impactam diretamente na autoestima.

Da gestação ao puerpério, as preocupações com a alimentação e os cuidados com o corpo são assuntos que merecem atenção.

A seguir, apresentaremos algumas definições e informações que podem ser úteis durante essa jornada de conhecimento e aceitação. 

Definindo a autoestima 

Autoestima é a qualidade na qual o indivíduo se contenta com o seu modo de ser. Essa característica auxilia o indivíduo a demonstrar confiança e contentamento dos seus atos.

Segundo a definição do dicionário, autoestima representa:¹ 

“Sentimento de satisfação e contentamento pessoal que experimenta o indivíduo que conhece suas reais qualidades, habilidades e potencialidades positivas e que, portanto, está consciente de seu valor, sente-se seguro com seu modo de ser e confiante em seu desempenho.”

Quando se fala em autoestima feminina, encontramos que 8 em cada 10 mulheres desistem de compromissos, por não se sentirem bem com a própria aparência. Esse foi o dado levantado pelo Relatório Global de Autoconfiança Feminina Dove (Dove Global Beauty and Confidence Report), divulgado pela marca, em 2016.² 

É importante lembrar que autoestima não tem relação apenas com a aparência física, mas também com a crença na capacidade de desenvolver tarefas e atividades para algo maior.  

Pilares da autoestima 

No livro “Apaixone-se por si mesmo”, o psicólogo Walter Riso explica a importância do amor-próprio.O livro tem uma proposta simples e complexa ao mesmo tempo, que evidencia como ter mais coragem e resiliência para enfrentar os embates da vida cotidiana. Entre as definições, ele aponta que a autoestima tem como alicerce, os seguintes fatores: ³ 

  • Autoconhecimento: tudo que pensamos sobre nós mesmos. 
  • Autoimagem: tudo que pensamos sobre a nossa aparência física e apresentação. 
  • Autonomia: trata-se da dependência emocional e de não depender de opiniões alheias. 
  • Responsabilidade: assumir as responsabilidades pelos próprios atos e escolhas, sem culpar os outros. 
  • Compromisso: a capacidade de se comprometer consigo mesma e com os próprios objetivos 
  • Assertividade: é expressar ideias, desejos e opiniões de forma clara e direta, sem agredir ou desrespeitar os outros. 

 Autoestima na maternidade  

O nascimento do bebê representa uma mistura de sentimentos e emoções indescritíveis. Viver essa experiência é algo único e especial. São necessárias muitas adaptações para conciliar a rotina com as necessidades de uma nova vida. Em meio a fraldas, amamentação, lenços umedecidos, banhos e outras tantas obrigações, fica fácil esquecer de cuidar de si mesma.

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Tilburg, na Holanda, acompanhou 84 mil mães durante 9 anos e comprovou que a autoestima na maternidade passa por oscilações durante a gestação, nos primeiros seis meses após o parto e até que a criança complete 3 anos de idade.² 

Durante a pesquisa observou-se que a imagem corporal da mãe pode ser afetada pelas mudanças físicas que acontecem durante a gestação. A autoestima também foi atrelada à oportunidade de vivenciar um senso de domínio e significado, a sensação de controle sobre si mesmo e sobre o ambiente.² 

A autoestima também pode ser avaliada pela saúde mental e bem-estar da mãe. Apesar disso, muitas gestantes e puérperas ainda não recebem o diagnóstico adequado quando enfrentam situações de ansiedade, estresse e problemas de enfrentamento. Contudo, a depressão pós-parto (DPP) está sendo objeto de avaliação em muitos países e em alguns, inclusive, há suporte para diagnóstico da depressão pós-natal.⁴ 

A depressão pós-parto traz inúmeras consequências ao vínculo da mãe com o bebê, sobretudo no que se refere ao aspecto afetivo.⁵ 

Como as mães podem cuidar da autoestima? 

A maternidade é desafiadora e, para as mamães, sabemos que a autoestima acaba não sendo uma prioridade. Afinal, todos os cuidados são pensados e planejados para o bebê. Não há nenhum problema nesse pensamento, pois ele integra um momento de importantes transformações na vida de uma mulher. Ao assumir o papel de mãe, ela adquire novas responsabilidades e passa por um novo processo de autoconhecimento. 

Mas, existe o conselho popular que nos lembra que para cuidar do outro, precisamos primeiro cuidar de si mesma. E isso não tem nada a ver com egoísmo, ok? 

Para te ajudar a dar os primeiros passos nessa jornada, separamos algumas dicas para elevar a sua autoestima e dar mais segurança: 

1. Seja Paciente 

Lembre-se: o puerpério não é para sempre! Mesmo que ele pareça interminável. Olhe com carinho para o seu corpo e para todas as coisas incríveis que você foi capaz de fazer. Acolha a sua trajetória até aqui e não se compare. ⁶ 

2. Tire um tempo para você mesma 

Pode ser um banho demorado, fazer uma atividade física, ouvir música ou um simples chá no meio da tarde. Se achar necessário, eventualmente, saia da rotina e faça passeios no parque, encontre amigos.  

3. Cuide da sua alimentação 

O acompanhamento nutricional durante e após a gestação é um dos principais fatores de prevenção da morbidade e da mortalidade perinatal, da promoção da saúde da mulher e de um prognóstico preciso da situação de saúde da criança.  

O consumo de alimentos saudáveis contribui para o equilíbrio do corpo da mulher. Além de auxiliar no desenvolvimento do bebê durante a gestação, é um aliado da amamentação e contribui na recuperação do corpo.⁷ 

4. Peça ajuda 

Conte com o suporte da sua rede de apoio e familiares. Compartilhe com eles como se sente, troque experiências com outras mulheres e mães do seu convívio e aprenda aos poucos a se reconectar com você mesma. Também busque apoio psicológico, ele é uma ótima forma de autocuidado e amor próprio.⁶

Desenvolvimento saudável do vínculo entre mãe e filho  

A autoestima está relacionada à saúde mental e interfere diretamente na qualidade de vida de um indivíduo. Durante a maternidade, encontrar soluções que contribuam para o bem-estar da mãe e, consequentemente, do bebê, ajudam a fortalecer o vínculo entre mãe e filho. 

Quando a mãe cuida da sua autoestima, ela passa a se sentir mais confiante e capaz de exercer suas atividades diárias. Aos poucos ela consegue descobrir suas habilidades e usar isso a favor durante o desenvolvimento do seu filho. 

Referência: 

  1. AUTOESTIMA. Michaelis, 2023. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/autoestima/. Acesso em: 9 abr. 2023. 
  2. GIRLS and Beauty Confidence: The Global Report. The 2017 Dove Global Girls Beauty and Confdence Report, [s. l.], 2017. Disponível em:https://assets.unilever.com/files/92ui5egz/production/43439da93d53ada63d6e2bac732657040a27e770.pdf/dove-girls-beauty-confidence-report-infographic.pdf. Acesso em: 9 abr. 2023.
  3. APAIXONE-SE Por Si Mesmo: O valor imprescindível da autoestima. [S. l.]: Planeta, 2012. Disponível em: https://pt.scribd.com/read/405833992/Apaixone-se-por-si-mesmo. Acesso em: 9 abr. 2023. 
  4. VAN SCHEPPINGEN, M. A., DENISSEN, J. J. A.,CHUNG, J. M., TAMBS, K., & BLEIDORN, W. (2018). Self-esteem and relationship satisfaction during the transition to motherhood. Journal of Personality and Social Psychology, 114(6), 973–991. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28795822/. Acesso em: 9 abr. 2023.
  5. STEEN, M; FRANCISCO, A.A. Bem-estar e saúde mental materna. Acta Paulista de Enfermagem, [s. l.], 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ape/a/vXhdpMXHcDxW6J8CdCwkRHy/?lang=pt. Acesso em: 9 abr. 2023.
  6. Depressão Pós-Parto. Saúde de A a Z: Ministério da Saúde, 2019. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/depressao-pos-parto#:~:text=%C3%89%20uma%20condi%C3%A7%C3%A3o%20de%20profunda,conhecida%20como%20psicose%20p%C3%B3s%2Dparto. Acesso em: 9 abr. 2023.
  7. PALANCH, A.C; BELLATO DE SOUZA CAMPOS, C. Nutrição materna e programação fetal: o papel dos hábitos alimentares no desenvolvimento embrionário e pós-natal. Saúde em Revista, Universidade Metodista, p. 49-59, 2017. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/depressao-pos-parto#:~:text=%C3%89%20uma%20condi%C3%A7%C3%A3o%20de%20profunda,conhecida%20como%20psicose%20p%C3%B3s%2Dparto. Acesso em: 9 abr. 2023. 



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